sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Bem vindo "Estágio"




Está chegando o momento mais esperado do curso do PEAD/2, o  “Estágio curricular obrigatório”. Momento de colocar em prática as diversas aprendizagens construídas ao longo do curso, e que servirá como apoio para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que será desenvolvido no próximo semestre.
Estou com grandes espectativas, pois estou muito tempo afastada da sala de aula e sem contato com meus amados alunos.
Em nosso primeiro encontro do Seminário Integrador PEAD-2 – Eixo-VIII. Fomos recebidos pela equipe diretiva de coordenadores e professores do curso.  Também nos foi apresentado à equipe de orientadores que irá nos acompanhar durante a nossa trajetória no período de estágio e “TCC”.
O estágio exigirá muitos registros de relatórios, de aprendizagens, de observações, diários de campo e muitas reflexões. Teremos o apoio e acompanhamento dos tutores e orientadores, por visita presencial e dos “Registros”, que serão construídos no “PBWORKS”, Portfólio de Aprendizagem (Blog) e Seminário Integrador VIII.
Recebemos diversas orientações e incentivo dos coordenadores do curso, os professores, os tutores e os orientadores, que com muito carinho contaram um pouco das suas experiências e se colocaram a nossa disposição. Também assistimos a um vídeo em que recebemos orientações importantes sobre estágio da professora Eliana Rela, onde ela faz um breve comentário, sobre a importância que o “estágio curricular obrigatório”, tem para a nossa formação acadêmica. E considera o estágio um tempo muito precioso. Chamou-me a atenção a um comentário em que a professora Eliana Rela citou que considero muito importante, e ela diz o seguinte:
“Para que possamos construir nossos registros, diários de campo, relatórios e outros, teremos situações que irão acontecer na rotinas da sala de aula, por exemplo, com os alunos, atitudes que teremos que tomar e que modificará nossas ações”. Mas, “é importante pensar sempre que cada decisão que tomamos, têm uma teorização por trás, embora não nos demos conta disso” e o estágio é muito importante para isso. Importante saber que “Eu preciso teorizar sobre as escolhas que estou fazendo, teremos uma experiência de ação, reação e reflexão”. A professora enfatiza também, sobre os registros que faremos durante o estágio. Pois, as reflexões que construiremos nos relatórios, servirão para nossa apresentação no final do estágio em conjunto para a nossa avaliação. Sinto-me confiante, pois sei que terei um excelente apoio de toda equipe do curso que estará à nossa disposição assim como, nossos professores, orientadores e tutores. E que nos ajudarão a fazer as reflexões necessárias, para que possamos fazer uma boa construção dos nossos registros.
Sobre as "Construções dos Registros", os quais precisaremos nos empenhar na construção de muitas escritas. Escolhi uma citação, em que a professora Darli Collares manifestou, como apoio para nossas escritas, como objeto o TCC. "O Sabor está na escrita", e dita uma reflexão de Pablo Neruda


Sejas muito bem vindo "Estágio"!

domingo, 5 de agosto de 2018

Estudos sobre a EJA, encontros e reencontros



Encontro maravilhoso na POIESIS, com a Professora. Dra. Ana Felíccia (minha professora de Didática no magistério) e a presença da Professora Drª Liana Borges. Esse encontro fortaleceu o meu encantamento pelos estudos Freireano e da EJA no Brasil. No dia anterior, fizemos uma apresentação em grupo no PEAD, “Trabalho de Campo” sobre a EJA, e no dia seguinte participei da palestra em que Liana Borges, com muita simplicidade nos contemplou sobre a sua trajetória e luta pelos direitos da EJA no Brasil.
A participação de Liana nessa atividade reforçou a importância da EJA para a sociedade brasileira e a situou nos diferentes contextos históricos da educação. A partir do que ela chama de “ciclos” da Educação de Jovens e Adultos e da Educação Popular, ressaltou as conquistas coletivas para essa modalidade de ensino e as perdas mais recentes com o avanço das contrarreformas. Liana também apresentou as diferentes concepções de educação e a sua relação com a EJA, estabelecendo um diálogo com os alunos presentes. Comentou também sobre a obra Paulo Freire no Rio Grande do Sul: legado e reinvenção foi lançada no dia 4 de maio, durante o 20º Fórum de Estudos: Leituras de Paulo Freire, na Unisinos, que abordou o tema Legado e presença de Freire no Rio Grande do Sul.

Currículo 
Liana Borges possui graduação em Filosofia (1984), mestrado em Educação (2001) e doutorado em Educação (2009) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Atualmente tem contratações sem vínculo com prefeituras, governos estaduais e diversos movimentos sociais. Possui experiência na área de Ciência Política, com ênfase em Políticas Públicas, atuando principalmente nos temas Movimentos de Alfabetização (Mova), Educação Popular, Educação de Jovens e Adultos (EJA), Currículo, Avaliação e Gestão Democrática.

De março de 2011 a março de 2013, foi cedida à Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), inicialmente na coordenação pedagógica da Rede Escola de Governo e, posteriormente, na assessoria da direção da FDRH para elaboração do Plano Político-Pedagógico (PPP), do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e do Sistema de Gestão da Rede Escola de Governo.                                                                                                 
                                                                                                                                                                                                                                                                                      
 

"Inovações Pedagógicas"


 [...] e a reconfiguração de saberes no ensinar e no aprender na universidadeImagem relacionada

Com base nos estudos do Eixo VII, compreendo que “inovação pedagógica”, é um processo de reorganização, de organização, melhor dizendo: é movimentar, desconstruir um modelo escolar antigo, industrial, de regras e organizações formadas num mundo que hoje já não mais existe. Nos dias atuais os jovens estão carregados de informações. A escola atual, já não consegue mais dar conta das ideias que os jovens estão trazendo para a sala de aula.
De acordo com estudos de casos que vem estudando, no âmbito de uma universidade brasileira a reconfiguração de saberes relacionados com o ensinar e o aprender. A investigação “Pedagogia Universitária: possibilidade de ruptura em tempos neoliberais”, em seu contexto, Segundo, (Cunha, 1998),
Entendemos que inovação requer uma ruptura necessária que permita configurar o conhecimento para além das regularidades propostas pela modernidade. Ela pressupõe, que, pois, uma ruptura pragmática e não apenas a inclusão de novidades, inclusive as tecnológicas. Nesse sentido envolve uma mudança na forma de entender o conhecimento (Cunha, 1998).
Nos dias de hoje, os alunos não estão mais contentes na escola, nem os professores e nem os gestores. É preciso criar novos modelos, se reinventar, é preciso ter vontade de mudar, é ter convicção que a escola não está mais dando conta desta sociedade. Para que esta mudança aconteça, é necessário reorganizar toda escola, fazendo uma nova formação de professores, redirecionar e organizar currículos, potencializar a criatividade e a inovação nas escolas. Mas depende também do poder publico patrocinar tudo isso.

Referência

CUNHA, Maria   Isabel   da. Inovações pedagógicas e a reconfiguração de saberes no ensinar e no aprender na universidade. VIII Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais. Centro de Estudos Sociais, Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra, Portugal, 16 a 18 de setembro de 2004.

“Linha do tempo - tecnologias na escola”


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Refletindo sobre a linha do tempo, percebemos o quanto a tecnologia está se desenvolvendo nas últimas décadas. Enquanto algumas colegas do grupo tinha apenas giz, quadro verde, folhas mimeografadas, lápis de escrever e de cor, borracha, apontador, canetinhas hidro cor para usar em seus estudos.

Ao passar dos anos o mundo tecnológico foi adentrando nas escolas, mas ainda hoje encontramos escolas sem nenhuma forma de tecnologia aqui mesmo no Brasil. Crianças que nunca manusearam um telefone, mesmo sendo o mais simples que se possa imaginar. As colegas que começaram a estudar na década de oitenta e noventa, já havia muitas novidades dessa área e com isso as aulas foram mais interativas, divertidas e atraentes, pois o mundo da tecnologia encanta a todos. Também podemos verificar que a tecnologia não é somente o computador e a internet, mas sim tudo que existe e que podemos e devemos usar em prol de uma boa aula, onde os alunos possam interagir positivamente e refletir sobre o que ele faz e o que tem a sua disposição atualmente.
E percebemos o quanto isso é importante dentro da educação, pois a criança que hoje encontramos em nossas salas de aula já nasceu no mundo digital, e com isso muito dos nossos alunos sabem mais do assunto do que nós mesmos. E o avanço da internet, as crianças e nós podemos aprender muito sem mesmo termos um professor ao nosso lado, existem muitos sites que eles podem usar, mas nesse meio encontramos também muito lixo eletrônico, e sites pouco confiáveis. Por esse motivo nós educadores temos um papel fundamental para poder fazer com que essas crianças não se percam num mundo tão grande, disponível e perigoso que chamamos de internet, mundo virtual.
Por isso a importância de todo educador saber trabalhar com as tecnologias fazendo-as instrumento positivo para uso em sala de aula, e mostrar para nossos alunos que podemos usar o telefone, a internet para podermos nos comunicar não somente falando, mas usando aplicativos para trabalhar em EAD, para podermos tirar dúvidas na hora das atividades de casa com os colegas e professores através de fórum ou chats criados para esse fim. Pois ainda existem muitas crianças que utilizam essa tecnologia somente como meio de diversão/distração com isso a tecnologia em vez de ajudar ela prejudica, deixando as crianças dependentes desses jogos virtuais deixando eles numa monotonia sem querer explorar o ambiente fora das telas.
Componentes do grupo: Andreia, Lisandra, Luceli, Maria Lucia, Mirelly e Rosângela 

Paulo Freire e a leitura de mundo


Resultado de imagem para “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda”.
Paulo Freire, grande pensador educacional, criou um novo método de alfabetização de adultos, oposto à teoria tradicional, que o consagrou mundialmente pela sua pedagogia da ‘educação libertadora’. Para ele, não há educação e alfabetização que não parta do princípio da conscientização. Seu método, resultado de anos de reflexões no campo da educação de adultos, enfoca a importância do processo de aprendizado por meio de palavras geradoras que são extraídas da realidade, do cotidiano e das vivências dos alunos, sendo decodificadas para a aquisição da palavra escrita e da compreensão do mundo.
Sua proposta está estruturada em três etapas:
          Investigação – professor e alunos buscam em conjunto palavras-chave e temas significativos do mundo em que estes vivem;
       Tematização – professor e alunos analisam os significados sociais das palavras, tomando consciência do mundo vivido;
        Problematização – professor desafia e inspira seus alunos a construírem uma visão crítica, partindo para a transformação do contexto vivido.

Nesse vídeo, podemos entender o que significa trabalhar com palavras geradoras que são extraídas da realidade, do cotidiano e das vivências dos alunos. 



Em uma sala de aula da EJA. A professora apresenta a palavra-chave“BARRACO”, junto com uma imagem de barraco. A professora desafia e inspira seus alunos a construírem uma visão crítica, partindo para a transformação do contexto vivido. 
É admirável o que este tema provoca nos alunos o processo de se reconhecer e dar a importância do pensamento e da ação política.
Segundo Paulo Freire a educação é um ato político, uma ferramenta para transformar a sociedade.

Referências

Texto de Frei Betto: Paulo Freire e a Leitura de Mundo - disponível em: https://moodle.ufrgs.br/course/view.php?id=51543- Fonte: http://portal.mec.gov. br/seb/arquivos/pdf/Profa/col_3.pdf, acesso em 01/12/2007.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido.Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987




sábado, 4 de agosto de 2018

"Reflexão sobre Avaliação"







Considero importante para uma boa avaliação, antes de tudo pensar e planejar muito bem antes de propor uma atividade ou um trabalho em grupo. Ter responsabilidade de avaliar o quanto o aluno aprendeu determinado assunto.
Penso que o professor precisa ser criativo e amável, ter paciência e perceber quais as diferenças cognitivas de cada um dos seus alunos, precisa agir para que todas as dificuldades sejam superadas. O aluno tem que aprender e precisa provar que aprendeu. Trabalhos, conversas, grupos, pesquisas e outros métodos de avaliação contam sim, mas o que demonstra que ele aprendeu é a prova individual.
Uma aula criativa é aquela que motiva o aluno a buscar e compreender, e descobrir o que está sendo proposto. Buscar atividades que saiam da rotina, utilizar materiais que chamem a atenção do aluno, motivando-o para o aprendizado através de uma aula significativa. Tornar o aprendizado um momento feliz e divertido, respeitar o estilo de aprendizagem de cada aluno. Valorizar a opinião dos seus alunos sobre as suas aulas e refletir sobre como foi ou está sendo suas aulas todos os dias, avaliar o que deu certo, o que foi bom ou não e o que eu poderia ter feito melhor para que o meu aluno realmente aprendesse.

Planejando com experimentação e reflexão.


 O ser humano, os outros animais e as plantas provocam bastante interesse e curiosidade nas crianças: Por que a lagartixa não cai do teto? Porque algumas flores exalam perfume e outras não? É importante garantir que a curiosidade da criança seja explorada para a construção destes conhecimentos, criando momentos em que ela possa expressar suas opiniões, levantar e checar hipóteses, a fim de estabelecer relações entre os seres vivos e o meio ambiente, valorizando e respeitando a vida.



Como o estágio está chegando, estudamos em didática sobre como elaborar um bom planejamento. Realizei esta atividade com alunos do 2º ano do ensino fundamental. Sobre a análise de um experimento. Construímos um terrário na sala de aula, cada aluno plantou uma planta. A ideia era uma observação das análises dos experimentos, fazendo um estudo do desenvolvimento das plantas, as crianças observaram a cada dia o seu crescimento e faziam anotações. 
A mediação é muito importante nesse momento para dar um norte e assim direcionarem seus olhares. Como por exemplo, instiga-los a perceberem as diferenças entre pétalas e folhas e prestarem atenção nas cores e no odor.
Os alunos amaram, aprendemos a importância da observação, a elaborar hipóteses e organizar dados. Onde Becker, 1993 revela o modelo pedagógico e epistemológico relacional do professor: (...) “Ele acredita que tudo o que o aluno construiu até hoje em sua vida serve de patamar para continuar a construir e que alguma porta abrir-se-á para o novo conhecimento é só questão de descobri-la: ele descobre isto por construção”.
Por fim, a teoria Construtivista permite que o professor construa e reconstrua o seu plano de aula associando a realidade do aluno. Rodrigues, 2016. Afirma que a elaboração de um plano de aula está atrelada ao as necessidades dos alunos bem como o tempo, o climas e outros.

Obviamente, muito da elaboração ficava a cargo de puro pensamento hipotético, pois era preciso imaginar tanto as situações como as respostas dos alunos, as condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento de certas atividades, a distribuição de tempo das atividades no semestre. Por conseguinte, o planejamento banalizava-se em um ato meramente burocrático. O setor pedagógico terminava recebendo e arquivando planos que, na maioria das vezes, eram modificados.(RODRIGUES, Maria Bernadette, 2016)

Pensando em apresentar uma aula diferenciada inspirei-me na revista Nova Escola disponível nesse link: WWW.novaescol.org/pontodeencontro (ano 2008 junho/julho P. 46 a 47). A turma observa frutas e cria hipóteses sobre a decomposição.

Referências
EEEF. Imperatriz Leopoldina,2013 (alunos do 2º ano do sensino fundamental)
RODRIGUES, Maria Bernadette Castro. Planejamento: em busca de caminhos... Maria Isabel 8 de ago de 2016 (Orgs.) principo.org/planejamento-em-busca-de-caminhos.html,
Disponível em: WWW.novaescol.org/pontodeencontro(ano 2008 junho/julho.P.46 a47).

segunda-feira, 16 de julho de 2018


“QUADRO DE ESTUDOS A PARTIR DO TEXTO DE (RAYS, 2000)”.

MOMENTOS
PRINCIPAIS IDÉIAS
DEGUSTAÇÃO
RELAÇÃO COM A PRÁTICA
  1. “Escola e realidade social”



A realidade social com a qual a ação pedagógica será planejada. Esta constituída numa etapa indispensável da atividade educativa e política, que proverá elementos concretos para o desenvolvimento do processo ensino\ aprendizagem.
Escola e realidade social considera que o planejamento do ensino deve estar relacionado  a realidade escolar  a realidade social, é indispensável que as mesmas andem juntas, para o desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem.
Não percebi esta relação na escola em que trabalhei.
  1. “Retrato sociocultural do educando”



A variável no processo de planejamento do ensino está relacionada ao retrato sociocultural do educando, que reflete seu mundo social e cultural, Cabe, nesta etapa, apresentar um fator relevante: As características de aprendizagem dos educandos que estão diretamente ligadas ao retrato sociocultural dos mesmos.
O retrato sociocultural do educando, deve analisar e conhecer suas histórias, inquietações e planejar a partir da realidade do aluno.
Esse retrato se faz de forma coletiva e não individual.
  1. “Objetivos de ensino-aprendizagem e conteúdos de ensino”


Os objetivos de ensino-aprendizagem (assimilação, elaboração e recriação do saber) e os conteúdos programáticos das disciplinas curriculares são definidos num só momento e devem ser repensados durante todo o desenvolvimento do curso.
Um objetivo de ensino aprendizagem concreto só tem valor quando ligado a um conteúdo programático também concreto.
O objetivo sobre a possibilidade de ensino-aprendizagem dos alunos e conteúdos de ensino, considero  necessário que os dois elementos sejam concretos para que tenham um significado.
As vezes passamos despercebidos e  não unimos estes elementos.
  1. “Procedimentos de ensino-aprendizagem”



As atividades de aprendizagem, assim como as intenções da aula, não são resumidas à reprodução de conhecimentos de forma puramente acadêmica (memorizar
para depois repetir) e, sim, no sentido de atingir a elaboração
do conhecimento (situação ideal) ou no sentido da sua redescoberta ou redefinição. O objetivo maior desse processo pode assim, ser resumido na premissa: pensar para repensar...para agir...para transformar...
Refletir sobre os procedimentos de ensino-aprendizagem, evidencia que os mesmos devem ser muito bem organizados. Para que as aulas sejam interativas e possibilite novas descobertas.
A não organização de uma atividade acaba por diminuir a reprodução de conhecimentos.
  1. “Avaliação da aprendizagem”



A avaliação da aprendizagem surge, portanto, na história da escola com o objetivo formativo de julgar os progressos, as dificuldades e as inquietações que marcam o processo de aprendizagem e, não, com o objetivo de medir o conhecimento.
O momento avaliação da aprendizagem, destaca que a principal função da avaliação, não é medir o conhecimento de cada um e sim conhecer suas dificuldades e inquietações.
A avaliação se dá através de parecer descritivo, que avalia o desenvolvimento dos alunos de acordo com a sua faixa etária.


"Plano de Trabalho Docente"


O que é um plano?


É um documento que registra o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer e com quem fazer;
É um norte para as ações educacionais;
O Plano é a formalização dos diferentes momentos do processo de planejamento. É a apresentação sistematizada e justificada das decisões tomadas.
           
Zabala (1998: 42-48). Através de pesquisas e estudos, Aborda os conteúdos em três categorias que são: os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais que estão veiculados, com os quatro pilares da educação.

Os quatro pilares da educação compõem-se dos seguintes saberes:
- Aprender a conhecer; Aprender a fazer; Aprender a viver juntos e Aprender a ser.

Sendo analisado por esse caminho, podemos nos organizar da seguinte maneira:
- Aprender a conhecer o quê?
- Aprender a fazer o quê?
- Aprender a viver juntos para quê?
- Aprender a ser por quê?

- Os conteúdos Atitudinais, referem-se à formação de atitudes e valores em relação à informação recebida, visando à intervenção do aluno em sua realidade.
- Os conteúdos Conceituais, referem-se à construção ativa de capacidades intelectuais para operar símbolos, imagens, ideias e representações que permitam organizar as realidades.
- Os conteúdos Procedimentais, referem-se a fazer com que os alunos construam instrumentos para analisar, por si mesmos, os resultados que obtém e os processos que colocam em ação para atingir as metas que se propõem. 

Plano de Trabalho Docente:

Implica no registro escrito e sistematizado do planejamento do professor (Planejamento enquanto processo teórico que antecipa a ação de sistematização); Antecipa a ação do professor, organizando o tempo e o material de forma adequada; É um instrumento político e pedagógico que permite a dimensão transformadora do conteúdo; Permite uma avaliação do processo de ensino e aprendizagem; Possibilita compreender a concepção de ensino e aprendizagem e avaliação do professor; Ele orienta /direciona o trabalho do professor; Requer conhecimento prévio da Proposta Pedagógica Curricular; Pressupõe a reflexão sistemática da prática educativa.


Estruturas do plano de trabalho docente:

Conteúdos:
Definidos por conteúdos estruturantes, ou seja, saberes – conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas – que identificam e organizam os diferentes campos de estudo das disciplinas escolares, sendo fundamentais para a compreensão do objeto de estudo das áreas do conhecimento (Arco-Verde, 2006.1).

Justificativa:
Explicita a escolha dos conteúdos estruturantes e específicos como opção política, educativa e formativa.

Objetivos:
Referem-se às intenções educativas. Expressam as intenções de mudanças no plano individual, institucional e estrutural. Estão voltados aos conteúdos e não às atividades.
Encaminhamentos metodológicos e recursos didáticos:
O conjunto de determinados princípios e recursos para chegar aos objetivos, o processo de investigação teórica e de ação prática.

Critérios de avaliação:
Critérios definem os propósitos e a dimensão do que se avalia. Para cada conteúdo precisa-se ter claro o que dentro dele se deseja ensinar, desenvolver e, portanto, avaliar. Os critérios refletem de que forma vai se avaliar, são as formas, previamente, estabelecidas para se avaliar um conteúdo. Deve constar a proposta de recuperação dos conteúdos.

Referências:
As referências permitem perceber em que material e em qual concepção o professor vem fundamentando seu conteúdo. Fundamentar conteúdos de forma historicamente situada implica buscar outras referências, não sendo, portanto o livro didático o único recurso.


REFERÊNCIAS:


SEED. Diretrizes Curriculares de História para a Educação Básica. Curitiba: MEMVAVMEM Editora, 2006.disponível em: https://slideplayer.com.br/slide/324036/

"Curiosidades sobre a Linha do Tempo da EJA"


“Principais períodos da EJA no Brasil”

            A educação de jovens e adultos é uma etapa consideravelmente nova no cenário educacional do Brasil, embora já existissem iniciativas no período colonial e do império. Foi somente após muitos anos, contudo, que surgiu essa modalidade como parte integrante da educação e tendo então apoio governamental.
Nos tempos do Brasil colônia a educação de adultos era voltada para assuntos religiosos sem grande finalidade educacional e no período do império surgiram algumas reformas que priorizavam o ensino noturno para os adultos analfabetos. 


             III- Bases Legais das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos
                
A educação de adultos torna-se mais que um direito: é a chave para o século XXI; é tanto consequência do exercício da cidadania como condição para uma plena participação na sociedade.
Além do mais, é um poderoso argumento em favor do desenvolvimento ecológico sustentável, da democracia, da justiça, da igualdade entre os sexos, do desenvolvimento socioeconômico e científico, além de um requisito fundamental para a construção de um mundo onde a violência cede lugar ao diálogo e à cultura de paz baseada na justiça. (Declaração de Hamburgo sobre a EJA)
            
Dentro deste caráter ampliado, os termos “jovens e adultos” indicam que, em todas as idades e em todas as épocas da vida, é possível se formar, se desenvolver e constituir conhecimentos, habilidades, competências e valores que transcendam os espaços formais da escolaridade e conduzam à realização de si e ao reconhecimento do outro como sujeito.

REFERÊNCIAS
Linha do Tempo - disponível em: http://awtpds51.blogspot.com/2010/11/principais-periodos-da-eja-no-brasil.html. 
PARECER CNE/CEB 11/2000 - HOMOLOGADO Despacho do Ministro em 7/6/2000, publicado no Diário Oficial da União de 9/6/2000, Seção 1e, p. 15. Ver Resolução CNE/CEB 1/2000, publicada no Diário Oficial da União de 19/7/2000, Seção 1, p. 18 disponível em: https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2381340/mod_resource/content/3/parecer_11_2000-anotado.pdf

domingo, 15 de julho de 2018


“Fragmentação dos processos de produção (Taylorismo & Fordismo) e da cultura escolar” e “As novas necessidades das economias de produção flexível, expostas por Santomé"

No texto “Fragmentação dos processos de produção” podemos perceber que essa filosofia organizativa, acentuava a divisão social e técnica do trabalho, aumentando ainda mais a separação entre trabalho manual e trabalho intelectual. Assim, as filosofias taylorista e fordista conseguiram reforçar os sistemas piramidais e hierárquicos de autoridade. Essas estratégias, destinaram-se também a privar a classe trabalhadora de sua capacidade de decisão, sobre o próprio processo de trabalho, sobre o produto, as condições e o ambiente de trabalho. O fordismo traduziu uma filosofia onde o menos importante eram as necessidades e interesses das pessoas. O resultado desta política de fragmentação dos empregos e da produção, fez com que as ações dos trabalhadores tornassem bastante incompreensíveis para eles próprios.
Relacionando com o texto de Hilton Japiassu, podemos perceber que nessa questão não há compartimentalização dos saberes, assim como no sistema escolar, pois muitos se privam de trabalhar a interdisciplinaridade e fazem uma divisão dos conceitos com a realidade. Não percebendo as necessidades dos alunos, também não fazem a relação com a realidade. Preocupando-se em distribuir saberes, como se fossem “gavetas” hoje trabalhamos português, logo fecha-se esse compartimento e vamos trabalhar matemática, não trabalhando a interdisciplinaridade. 
A taylorização no sistema escolar, faz com que nem os professores, nem os alunos participem dos processos de reflexão crítica sobre a realidade, onde não há democracia.

REFERÊNCIAS

GLOBALIZAÇÃO E INTERDISCIPLINARIDADE-O Currículo Integrado Jurjo Torres Santomé. disponível em:https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2399445/mod_resource/content/1/As%20origens%20da%20modalidade%20de%20curr%C3%ADculo%20integrado%20de%20Santom%C3%A9.pdf


"Comênius e a didática"



Refletindo sobre a trajetória de Comênius, filósofo, tcheco, “pai“ da didática moderna. Ele foi o primeiro teórico a respeitar a inteligência e os sentimentos da criança. Deixando-nos um grande legado pedagógico, principalmente na inovação do ensino. Suas ideias já eram avançadas comparadas a época em pleno século XVII.  Sendo um homem estudioso e muito religioso, sofreu perseguições da igreja, por persistir nas suas ideologias, pois mantinha a ideia de ampliar seus conhecimentos para todos, inclusive para os excluídos.
Para Comênius, 1657, dizia que a arte de ensinar tudo a todos é uma obrigação e que toda a juventude de um e de outro sexo, sem excetuar ninguém em parte alguma (p. 43) deve formar-se nos estudos. por: (Despacho do Ministro em 7/6/2000, publicado no Diário Oficial da União de 9/6/2000, Seção 1e, p. 15.)
Comenio, fazia o uso da imagem e experimentos em suas práticas de ensino, com o proposito de construção de conhecimentos entre professor e aluno.
Percebo que a ideia de construção de Comênius de tempos tão distantes, são reconhecidas por outros grandes estudiosos nos dias atuais na área da pedagogia. 
De acordo com (BECKER, 2012), seguidor de Piaget e Paulo Freire. “Toda criança traz consigo algum conhecimento” e a partir desse conhecimento a criança constrói e reconstrói sua aprendizagem. (BECKER. Fernando, 2012).

Minha prática pedagógica com os alunos é de valorizar a realidade de cada um deles, reconhecendo o conhecimento e suas potencialidades.
Percebo que o uso da imagem para os alunos em sala de aula é algo surpreendente. Pois tive uma experiência com meus alunos, após ter realizado uma visita ao “Museu de Ciências e Tecnologias da PUCRS”. Através das imagens que foram apreciadas pelos alunos do segundo ano do ensino fundamental, foi possível criarem autoria de produção textual, realizada e apresentada aos colegas da turma.
A obra de Comênius, corresponde também a outras novidades, entre elas "o despertar de uma nova concepção de criança", como diz Gasparin, (Revista Nova Escola, 2008), por Márcio Ferri. "Ele a trata em seus livros com muita delicadeza, num tempo em que a escola existia sob a égide da palmatória". A educação era vista e praticada como um castigo e não oferecia elementos para que depois as pessoas se situassem de forma mais ampla na sociedade. Comênius reagiu a esse quadro com uma pergunta: “por que não se aprende brincando?" Brincar nos dias atuais, significa trabalhar o lúdico em sala de aula.


REFEREÊNCIAS

Becker, Fernando – Educação e construção do conhecimento. - 2. Ed. – Porto Alegre: Penso, 2012  - disponível em: https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2094550/mod_ 
PARECER CNE/CEB 11/2000 - HOMOLOGADO Despacho do Ministro em 7/6/2000, publicado no Diário Oficial da União de 9/6/2000, Seção 1e, p. 15. VerResolução CNE/CEB 1/2000, publicada no Diário Oficial da União de 19/7/2000, Seção 1, p. 18.https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2381340/mod_resource/content/3/parecer_11_2000-anotado.pdf
https://novaescola.org.br/conteudo/184/pai-didatica-moderna-filosofo-tcheco-comenioAcessado em 04/05/2018.

“O Menininho” de Helen Buckley




Ao ler o texto: “O Menininho” de Helen Buckley, lembrei-me de algumas situações que vivenciei   em minhas práticas do estágio no magistério, com nada de experiência em sala de aula .

Diante das inquietações que o texto "O Menininho" me causou. Penso que meu desafio seria de receber esta criança que está chegando, oferecendo-lhe um espaço acolhedor, de forma que ela sinta confiança e fique a vontade. O desenho é uma excelente  oportunidade para conhecer as habilidades dos alunos. Para que isso aconteça, minha postura nesse momento é de observadora, deixando-os livres para que possam ter autonomia de produzir, criar e desenvolver suas habilidades. Sabemos que cada criança já vem de casa com  algum saber. Neste momento meu papel é desenvolver as aprendizagens com meus alunos. Oportunizando a eles o espaço e autonomia para que cada um desenvolva seu pensamento, seu desejo, suas habilidades, de forma criativa para construir e reconstruir seus conhecimentos.

Recordo-me, de uma situação ocorrida no meu estágio(magistério),  “Hora do conto”, segundas-feiras. Criei um “espaço de leitura”, com tapete, para os alunos ficarem a vontade para escolherem e trocarem os livros, espaço esse para debater e comentar suas inquietações, aguçando a curiosidade dos outros colegas de pegarem o livro que o colega acabara de comentar. Tinha também “A sacola da leitura”, por sorteio um aluno poderia levar para casa  uma vez por semana.  Ela era monitorada pela professora titular, que não permitia que os alunos manuseassem os livros novos que ficavam em uma caixa separada para acompanhar a sacola. Logo, passei a ficar sozinha com a turma. Fugi as regras, pedi autorização para a professora titular que liberasse os livros que os alunos tanto queriam, me comprometi em cuidá-los em conjunto com a turma. Percebi que eles adoravam ler, aproveitei a situação estimulei os alunos a fazerem uma produção textual. Foi um trabalho maravilhoso. Visitamos o Museu de Ciências e Tecnologia da PUC/RS. Confeccionamos alguns bloquinhos de anotações para cada um, anotar tudo que achassem importante, no museu, e posteriormente desenvolver uma produção textual e apresentar ao grande grupo da sala de aula. Registrei passo a passo deste trabalho. Eram alunos do segundo ano do ensino fundamental. Em um grupo de 25 alunos, apenas cinco tinham dificuldades de alfabetização. Mesmo assim apresentaram-se aos colegas, fingindo estar lendo seus textos. Estavam tão empolgados que eu não me permiti interromper suas motivações.

Acredito ter deixado a minha marca naquela escola. Me sentia tão a vontade com a turma que não percebi, que tinha pouca experiência. Acabei criando um desafio transformador naquelas crianças. E o mais importante receber dos pais e responsáveis dos alunos, o reconhecimento da melhora dos filhos que tinham perdido o interesse de estudar, muitos às vezes sem vontade de ir pra  escola. Comentário de uma mãe: Agora só vejo a minha filha lendo, estudando, lendo jornal, revista, livrinho de historinha, e corre pra fazer o tema de casa, que não queria fazer mais, e me diz que a profe. Rô fica muito braba e diz que é feio não fazer a lição, aonde ela vai carrega sempre um livrinho! Acho que são essas marcas importantes, que deixamos para nossos alunos. Através desta experiência, percebi que tudo o que essas crianças precisavam é de estimulo, atenção, serem ouvidas. Acredito que criando um ambiente afetivo, acolhedor, oportunizando liberdade para que os alunos possam desenvolver seus pensamentos, suas ideias. Com certeza o resultado será muito produtivo e positivo




  

 REFERÊNCIAS

Texto:“O Menininho” de Helen Buckley disponível em https://moodle.ufrgs.br/course/view.php?id=51543
Fotos: Alunos -das minhas práticas no magistério.





"Mapa Conceitual sobre as teorias de Piaget e Vygotsky"














"Aquisição da Linguagem sobre as teorias de Piaget e Vygotsky" 

A linguagem é uma forma de representação e consiste num sistema de significações no qual a palavra funciona como significantes, porque permite ao sujeito evocar verbalmente os objetos ou acontecimentos ausentes. Em todos os níveis do desenvolvimento mental, existem significações. Essas significações, que aparecem em diferentes momentos do desenvolvimento são provocadas por fatores como maturação, experimentação e equilibração.
- Epistemologia Genética consiste em uma teoria elaborada pelo psicólogo e filósofo Jean Piaget. A epistemologia genética é um resumo de duas teorias existentes. O Apriorismo e o Empirismo. Para Piaget, o conhecimento não é algo “inato” dentro de um indivíduo, como afirma o Apriorismo. De igual forma, o conhecimento não é exclusivamente alcançado através da observação do meio envolvente como declara o Empirismo. Para Piaget o conhecimento é produzido graças a uma interação do indivíduo com o seu meio, de acordo com estruturas que fazem parte do próprio indivíduo.
- Sociointeracionista consiste na teoria de Vygotsky, proposta do desenvolvimento histórico acontece do social para o individual. "O ser humano só adquire cultura, linguagem, desenvolve o raciocínio se estiver inserido no meio com os outros. A criança só vai se desenvolver historicamente se inserida no meio social”. (Vygotsky).
Semelhanças entre Vygotsky e Piaget
Os dois são interacionistas, isto é, estão atentos para relevância entre o indivíduo e meio na elaboração dos processos psíquicos.
São construtivistas em suas concepções do desenvolvimento intelectual, ou seja, sustentam que a inteligência é construída a partir das relações recíprocas do homem com o meio.
Os dois se opõem tanto a teoria empirista quanto a concepção racionalista.
Ambos enfatizam a necessidade de compreensão da gênese dos processos cognitivos.
Defendem que é importante que se respeite o nível da criança na colocação mínima e máxima para cada ensinamento.
Consideram o discurso egocêntrico como ponto de partida do discurso interior.
Ambos empregam métodos qualitativos que buscam apreender os fenômenos psicológicos em sua dinâmica e não somente resultados isolados expressos em estatísticas.
Defendem que a imaginação surge da ação, o que é importante na formação da consciência.
Diferenças entre Vygotsky e Piaget

Quanto ao papel dos fatores internos e externos no desenvolvimento
VYGOTSKY – Privilegia o ambiente social. Reconhece que se variando esse ambiente, o desenvolvimento também variará. Não aceitando uma visão única e universal do desenvolvimento humano.
PIAGET – Privilegia a maturação biológica. Aceita que os fatores internos preponderam sobre os externos, postula o desenvolvimento em sequencia fixa e universal de estagio.
Quanto à construção real
VYGOTSKY – Diz que a criança já nasce num mundo social, e desde o nascimento forma visão do mundo através de interação com adultos ou crianças mais velhas. Pro-cede-se então do social para o individual ao longo do desenvolvimento.
PIAGET – Acredita que os conhecimentos são elaborados espontaneamente pela criança, de acordo com o estagio de desenvolvimento que se encontra, aproximando-se da concepção dos adultos.
Quanto ao papel da aprendizagem
VYGOTSKY – Postula que desenvolvimento e aprendizagem são processos que se influenciam reciprocamente, portanto quanto mais aprendizagem, mais desenvolvimento.
PIAGET – Acredita que a aprendizagem subordina-se ao desenvolvimento e tem pouco impacto sobre ele, minimizando o papel da interação social.

Quanto ao papel da linguagem no desenvolvimento e relação entre linguagem e pensamento

VYGOTSKY – Pensamento e linguagem são processos interdependentes, desde o inicio da vida. A aquisição da linguagem pela criança modifica suas funções mentais superiores, dando uma forma ao pensamento, possibilitando o aparecimento da imaginação, da memoria e o planejamento da ação. A linguagem sistematiza a experiência direta das crianças e por isso adquire uma função central no desenvolvimento cognitivo, reorganizando os processos que nele estão em andamento.
PIAGET – O pensamento aparece antes da linguagem, sendo uma das suas formas de expressão. Pensamento depende da coordenação dos esquemas sensório-motores e não da linguagem. Esta só ocorre depois que a criança já alcançou determinado nível de habilidades mentais, subordinando-se aos processos de pensamento. Estabelece separação entre as informações que podem ser passadas por meio da linguagem e os processos que não parecem sofrer qualquer influencia cognitiva.
 Contribuições para a educação
PIAGET – Coloca ênfase na criança como agente do seu desenvolvimento, responsável pela construção de seu conhecimento, responsável pela construção de seu conhecimento – sujeito da cognição. Considera os erros das crianças como importantes no processo educativo e para partir dele compreender seu modo de pensar. Considera que a função da instrução é a de introduzir formas de pensamento que entram em conflito com o pensamento da criança. Piaget insiste que a educação formal ganharia com a utilização sistemática do desenvolvimento espontâneo da criança. Secundariza aspectos socioculturais o que pode influenciar atitudes discriminatórias.
VYGOTSKY – Considera que a aprendizagem da criança antecede a entrada na escola e que o aprendizado escolar produz algo novo no desenvolvimento infantil, evidenciando as relações interpessoais. Apresenta a noção de que o bom aprendizado é aquele que se adianta da criança, isto é, aquele que considera o nível de desenvolvimento potencial ou proximal. A aprendizagem e desenvolvimento humano pressupõe natureza social sendo processo dialético em que o sujeito transforma e é transformado pela realidade social, física e cultural. Na construção social, considera as crianças como sujeitos sociais que constroem o conhecimento socialmente produzido.
Na visão de Piaget, as linguagens das crianças não refletem o conhecimento que elas têm do real. Se não apresentam limitações neurológicas ou emocionais sérias, elas podem conhecer ou assimilar certos acontecimentos, ainda que comunica-los através de palavras.
Piaget, 1974,  desenvolveu a teoria da concepção da linguagem que é constituída a partir do encontro de um funcionamento endógeno (orgânico) do ser humano com a vida social. (PIAGET, 1974, P.13).
O teórico considera que as crianças não nascem com as capacidades mentais prontas, apenas o modo de interação com o meio ambiente.
Desta forma as atividades intelectuais visam adaptar os sujeitos ao meio ambiente, em uma construção gradativa.
A função semiótica quando a criança faz uso das imagens para criar, fantasiar e imaginar, para Piaget a criança adquire está função por volta dos dois anos de idade, quando começa a diferenciar os significantes (palavras) dos significados (conceitos), de tal forma que os primeiros possam permitir a representação dos signos.
Tanto Vygotsky, como Piaget, consideram que a criança precisa interagir com o meio ambiente acredita que a criança necessita de mediadores que são: os instrumentos e os signos.  O mesmo também enfatiza a importância da interação e da informação linguística para a construção do conhecimento.

REFERÊNCIAS:
PIAGET, 1974, P.13. publicado pelo Artigo - AS CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA PIAGETIANA PARA O PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM. Disponível em: http://www.editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/Trabalho_Comunicacao_oral_idinscrito_1040_3bbe862464859de050561c8cd0efa617.pdf
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/socio-interacionismo-de-vigotsky/34160
Disponível em<https://pedagogiaaopedaletra.com/comparando-teoria-piaget-vygotsky/> acesso em 11 junho 2018.
Disponível emhttps://www.webartigos.com/artigos/o-desenvolvimento-da-linguagem-segundo-piaget-fase-inicial-do-processo-de-enino-e-aprendizagem/149499 > acesso em 11 junho 2018.https://pt.slideshare.net/JeanCarlosdeSouza/piaget-e-vygotsky-convergncias-e-divergncias.