domingo, 15 de julho de 2018

“Leitura do Mundo”


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Inspirada no artigo “Alfabetização” – Leitura do Mundo, Leitura da Palavra e Letramento”, a autora Mariléia Gollo de Moraes resgata em Freire, os pontos fundamentais de uma prática alfabetizadora de adultos e alguns conceitos de letramento com a finalidade de discutir as aproximações entre a concepção freireana de alfabetização - leitura de mundo e leitura da palavra - e as diferentes concepções de letramento, entre outros autores.
Diante das diferentes opiniões discutidas entre outros autores, a autora Mariléia, faz uma abordagem sobre a denominação terminológica dos múltiplos olhares sobre um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à palavra, tendo como forma de expressão a leitura e a escrita.
De acordo com o texto, a autora Mariléia, inaltece a postura de Freire, no quanto ele inspira confiança pela sua coerência entre o dizer e o fazer, sendo uma pessoa humilde, com disposição e diálogo. Deixando um legado pedagógico, permitindo olhar as conexões com o outro no mundo. Visando às múltiplas possibilidades de intervenção, uma vez que há condicionamentos e não determinações. Sugere que cada um se assuma como aprendente da própria história em busca do ser mais.

Primeiro, lê-se o mundo. “Ler o mundo” significa ler os signos, as coisas, os objetos, os sinais, etc. Paulo Freire diz que a leitura do mundo precede a leitura da palavra, ou seja, antes de uma pessoa ser alfabetizada e aprender a decodificar, seguindo esse preceito, ela já saberia ler implicitamente, mas não as palavras grafadas num livro, por exemplo, porém, essa pessoa sabe ler a vida. Por exemplo: uma criança, que não sabe ler, vê fumaça em abundância saindo de uma janela. Mesmo não sendo alfabetizada, a criança lê o que está inserido no mundo - neste caso, o signo “fumaça” – e entende que aquilo pode querer dizer, “fogo”. Isso é ler o mundo e é por isso que Paulo Freire diz que essa leitura precede a leitura da palavra. Mesmo não sendo alfabetizada, a criança entende o que se passa.

A Educação como prática de Liberdade, evocada por Paulo Freire. Ler o Mundo para transformá-lo, eis a tarefa de educadores e educandos imersos no processo de alfabetização, viabilizando o desencadeamento de uma pedagogia libertadora. Segundo, ANTUNES, 2002
Leitura do Mundo continua válida como estratégia pedagógica de uma educação libertadora na qual ler o mundo é condição necessária para a sua transformação. (ANTUNES, 2002:2)
 
  
REFERENCIAS

FREIRE, Paulo. A importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. 22 ed. São Paulo: Cortez, 1988. 80 p.

MORAES, Mariléia Gollo – Artigo: ALFABETIZAÇÃO LEITURA DO MUNDO, LEITURA DA PALAVRA – E LETRAMENTO, ALGUMAS APROXIMAÇÕES.

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