Inspirada
no artigo “Alfabetização” – Leitura do Mundo, Leitura da Palavra e Letramento”,
a autora Mariléia Gollo de Moraes resgata em Freire, os pontos fundamentais de
uma prática alfabetizadora de adultos e alguns conceitos de letramento com a
finalidade de discutir as aproximações entre a concepção freireana de
alfabetização - leitura de mundo e leitura da palavra - e as diferentes
concepções de letramento, entre outros autores.
Diante
das diferentes opiniões discutidas entre outros autores, a autora Mariléia, faz
uma abordagem sobre a denominação terminológica dos múltiplos olhares sobre um
dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à palavra, tendo como forma
de expressão a leitura e a escrita.
De
acordo com o texto, a autora Mariléia, inaltece a postura de Freire, no quanto
ele inspira confiança pela sua coerência entre o dizer e o fazer, sendo uma
pessoa humilde, com disposição e diálogo. Deixando um legado pedagógico,
permitindo olhar as conexões com o outro no mundo. Visando às múltiplas possibilidades
de intervenção, uma vez que há condicionamentos e não determinações. Sugere que
cada um se assuma como aprendente da própria história em busca do ser mais.
Primeiro,
lê-se o mundo. “Ler o mundo” significa ler os signos, as coisas, os objetos, os
sinais, etc. Paulo Freire diz que a leitura do mundo precede a leitura da
palavra, ou seja, antes de uma pessoa ser alfabetizada e aprender a
decodificar, seguindo esse preceito, ela já saberia ler implicitamente, mas não
as palavras grafadas num livro, por exemplo, porém, essa pessoa sabe ler a
vida. Por exemplo: uma criança, que não sabe ler, vê fumaça em abundância
saindo de uma janela. Mesmo não sendo alfabetizada, a criança lê o que está
inserido no mundo - neste caso, o signo “fumaça” – e entende que aquilo pode
querer dizer, “fogo”. Isso é ler o mundo e é por isso que Paulo Freire diz que
essa leitura precede a leitura da palavra. Mesmo não sendo alfabetizada, a
criança entende o que se passa.
A
Educação como prática de Liberdade, evocada por Paulo Freire. Ler o Mundo para
transformá-lo, eis a tarefa de educadores e educandos imersos no processo de
alfabetização, viabilizando o desencadeamento de uma pedagogia libertadora. Segundo, ANTUNES, 2002
Leitura do Mundo continua válida como estratégia pedagógica de uma educação libertadora na qual ler o mundo é condição necessária para a sua transformação. (ANTUNES, 2002:2)
REFERENCIAS
FREIRE,
Paulo. A importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. 22 ed.
São Paulo: Cortez, 1988. 80 p.
MORAES,
Mariléia Gollo – Artigo: ALFABETIZAÇÃO LEITURA DO MUNDO, LEITURA DA PALAVRA – E
LETRAMENTO, ALGUMAS APROXIMAÇÕES.
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