"SOMOS TODOS IGUAIS"
Ao conhecer a historia das pessoas com deficiência, fiquei muito triste ao saber
que demorou tanto tempo a serem reconhecidos, e que precisou partir deles,
criando um intenso movimento com todas as pessoas que possuíssem qualquer tipo de
deficiência, como modo de serem vistos, vistos como pessoas, seres humanos, que
lutaram pelo seus direitos de existir, e se fazer parte na sociedade.
Sobre o texto: História Geral do
Atendimento à Pessoa com Deficiência - é repugnante reconhecer, quanta
crueldade ao descaso com as crianças que nasciam com deficiência, devido a sua
cultura e a exigência julgada pela aparência, saber que eram lançados ao alto
dos rochedos e abandonados nas praças publica, nos campos, nas igrejas.
Aristóteles
e Platão admitiam essa prática, coerente com a visão de equilíbrio demográfico,
aristocrático e elitista, principalmente quando a pessoa com deficiência fosse
dependente economicamente.
Quanto
aos corpos de constituição doentia, não lhes prolongava a vida e os sofrimentos
com tratamentos e purgações regradas, que poriam em condições de se
reproduzirem em outros seres fadados, certamente a serem iguais progenitores.
[...]
também que não deveria curar os que, por frágeis de compleição não podem chegar
ao limite natural da vida, porque isso nem lhes é vantajoso a eles nem ao
Estado (Platão, 429-347 a.C.).
Segundo pesquisadores: Jean-Jacques
Gaspar Itard médico e criador da otorrinolaringologia e o fundador da
Psicologia Moderna. Apesar do trabalho de Itard e da Educação Especial seus
seguidores, a evolução filosófica e pedagógica não previne e nem cura a
deficiência mental, o que dá lugar a evolução do conhecimento médico. A
hegemonia médica na teoria da deficiência perdurará até as primeiras décadas do
século XX, consolidando o conceito unitário da deficiência atrelado à
hereditariedade (visão definitivamente orgânica). Nessa época surge Johann Heinrich
Pestallozzi, grande adepto da educação pública, defendendo que a educação era o
direito absoluto de toda criança, inclusive – novidade para a época – daquelas
provenientes das classes populares. Para ele, a escola deveria ser como um lar,
pois essa era a melhor instituição de educação, base para a formação moral,
política e religiosa. Para Pestallozzi, todo homem deveria adquirir autonomia
intelectual para poder desenvolver uma atividade produtiva autônoma.
Após assistir o vídeo: História do Movimento Político das Pessoas com
Deficiência no Brasil, pude entender a evolução, das suas Conquistas
e Desafios alcançados pelas pessoas com deficiência, á partir do Século XXI, acredito
que seguiram as ideias do grande adepto da educação publica e defensor da
educação pelo direito absoluto de toda criança.
Fiquei surpreendida ao conhecer que tudo
aquilo que acompanhei durante meu crescimento, na vida escolar e no meu dia a dia,
que parecia já fazer parte da sociedade.
Agora descobrir que foi através de movimentos, lutas, desafios, ações, persistência, criaram associações,
participaram de convenções, tiveram o apoio da ONU (Organização das Nações
Unidas), que é A Convenção sobre o direito das pessoas com deficiência, aprovada
em dezembro de 2006, sendo um dos pilares fundamentais é a questão dos direitos
humanos.
E assim foram alcançando suas
conquistas como: a acessibilidade ao transporte, à educação, ao lazer, ao
turismo, a saúde, a defesa “pelo sistema de saúde de pessoas com deficiência”,
que para eles é contado como “ponto de honra”, o autismo, que nem sabiam da sua
existência, o surdo reivindicando interpretes à Língua de sinais (LIBRAS), os
livros em BRAILLE, a inclusão da reabilitação como matéria curricular de
universidade, dotação orçamentária para a criação de serviços de reabilitação e
treinamento de pessoas para atender as necessidades das pessoas de acordo com a
sua deficiência, a inclusão ao mercado de trabalho, preparando pessoas para
receber pessoas como SURDOCEGUEIRA, não só os surdocegos, mas a todos. Eles sentem
orgulho, em trabalhar, se sentem uteis.
A cada passo alcançado, foram
surgindo novos desejos e necessidades, e sempre pensando no outro, lutando por
todos, a tudo ainda não é reconhecido plenamente, as barreiras ainda existem.
“E o que almejam é só “equiparação
de oportunidades”, ou seja, igualdade, respeito aos seus direitos, desejam
oportunidades e não privilégios”!
Referências:
Vídeo:
História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil.
Disponível no Youtube: <https://www.youtube.com/watch?v=oxscYK9Xr4M>
acessado em: 04 set. 2017.
Rodrigues,
Olga Maria Piazentin Rolim. Educação especial: história, etiologia, conceitos e
legislação vigente / Olga Maria Piazentim Rolim Rodrigues, Elisandra André
Maranhe. In: Práticas em educação especial e inclusiva na área da deficiência
mental / Vera Lúcia Messias Fialho Capellini (org.). – Bauru: MEC/FC/SEE, 2008.
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