terça-feira, 23 de janeiro de 2018

ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
XIII Semana Acadêmica de Educação Física
IX Encontro Técnico-Científico

Durante muitos anos os negros que chegaram ao Brasil foram considerados seres inferiores aos brancos em decorrência dos tempos de escravidão, fazendo com que seus traços culturais fossem marginalizados, discriminados ou até mesmo silenciados da sociedade em geral.
            Um país caracterizado pela desigualdade baseada pela raça, considerando uma classe dominante, no caso do Brasil, em processo de construção desconsiderou as diversidades étnicas e culturais, conforme podemos ver na fala de Munanga (2002):

No fim do século XIX e início do século XX, havia toda uma polêmica criada pela elite intelectual. Pensava-se que o único caminho  para construir a identidade brasileira seria por meio da eliminação das diversidades tanto biológicas quanto culturais, e isso passaria pelo processo de miscigenação que acabaria com a existência do índio e do negro, teríamos uma nova raça, que não seria mais nem índia nem negra, mas que seria uma raça branca. Muitos autores desse período acreditavam que, no ano 2000, o Brasil seria totalmente branco e, se estivessem vivos poderiam ver que as suas previsões não deram certo, pois o Brasil não é branco, o Brasil é diverso (p.12).


Com isso foram em busca de reconhecimento histórico, então após anos de indagações, lutas e reivindicações do Movimento Negro a comunidade negra brasileira conquistou reconhecimentos, como a implementação da Lei 10.639/03 que inclui na LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação que torna obrigatório do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana em todo o sistema de ensino brasileiro.
            É preciso modificações no contexto social brasileiro, sendo indispensável à aplicabilidade de leis que repudiem comportamentos racistas, em virtude disso este estudo tem como objetivo enfatizar como a educação física pode contribuir para a aplicabilidade da Lei 10.639/03 através de praticas pedagógicas antirracista, abordando a cultura afro-brasileira e africana no currículo escolar.
Entende-se que são vários os elementos que constituem a cultura afro-brasileira e africana nas aulas de educação física, proporcionando aos alunos oportunidade de vivenciar diferentes manifestações culturais, assim o papel do professor de educação física denota a disseminação do respeito à diferença, valorização da diversidade racial, eximindo assim quaisquer posturas preconceituosas, de segregação e discriminação no contexto escolar.

De acordo com Souza (2005):
Podemos lembrar quando o assunto é esporte e população afrobrasileira é a divisão corpo e mente. A cultura escravista deixou como marca a distinção entre atividades intelectuais e braçais, de acordo como que a sociedade é dividida. A população afro-brasileira quase sempre está associada aos esportes ou profissões distintas das ocupações intelectuais. Esta representação enfatiza o corpo em detrimento do intelecto, o que pode levar à naturalização das desigualdades sociais (p. 81).

Por: Jakellinny Gonçalves de Souza Rizzo2 Leandro de Souza Silva3 Maurício José dos Santos Silva4 Deyvid Tenner de Souza Rizzo5


REFERÊNCIAS:
XIII Semana Acadêmica de Educação Física - IX Encontro Técnico-Científico
REVISTA MAGSUL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA FRONTEIRA
n. 1, v. 2 (2017) - ISSN: 2526-4788

OBS.: Exemplo “A CAPOEIRA”, Educação Física, Exporte Social:

que comentarei em outra postagem

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