ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO FÍSICA
PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
XIII
Semana Acadêmica de Educação Física
IX
Encontro Técnico-Científico
Durante
muitos anos os negros que chegaram ao Brasil foram considerados seres inferiores
aos brancos em decorrência dos tempos de escravidão, fazendo com que seus traços
culturais fossem marginalizados, discriminados ou até mesmo silenciados da sociedade
em geral.
Um
país caracterizado pela desigualdade baseada pela raça, considerando uma classe
dominante, no caso do Brasil, em processo de construção desconsiderou as diversidades
étnicas e culturais, conforme podemos ver na fala de Munanga (2002):
No fim do século XIX
e início do século XX, havia toda uma polêmica criada pela elite intelectual.
Pensava-se que o único caminho para
construir a identidade brasileira seria por meio da eliminação das diversidades
tanto biológicas quanto culturais, e isso passaria pelo processo de
miscigenação que acabaria com a existência do índio e do negro, teríamos uma
nova raça, que não seria mais nem índia nem negra, mas que seria uma raça
branca. Muitos autores desse período acreditavam que, no ano 2000, o Brasil
seria totalmente branco e, se estivessem vivos poderiam ver que as suas
previsões não deram certo, pois o Brasil não é branco, o Brasil é diverso (p.12).
Com
isso foram em busca de reconhecimento histórico, então após anos de indagações,
lutas e reivindicações do Movimento Negro a comunidade negra brasileira conquistou
reconhecimentos, como a implementação da Lei 10.639/03 que inclui na LDB - Lei
de Diretrizes e Bases da Educação que torna obrigatório do ensino da História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana em todo o sistema de ensino brasileiro.
É
preciso modificações no contexto social brasileiro, sendo indispensável à aplicabilidade
de leis que repudiem comportamentos racistas, em virtude disso este estudo tem
como objetivo enfatizar como a educação física pode contribuir para a aplicabilidade
da Lei 10.639/03 através de praticas pedagógicas antirracista, abordando a
cultura afro-brasileira e africana no currículo escolar.
Entende-se
que são vários os elementos que constituem a cultura afro-brasileira e africana
nas aulas de educação física, proporcionando aos alunos oportunidade de vivenciar
diferentes manifestações culturais, assim o papel do professor de educação física
denota a disseminação do respeito à diferença, valorização da diversidade
racial, eximindo assim quaisquer posturas preconceituosas, de segregação e
discriminação no contexto escolar.
De
acordo com Souza (2005):
Podemos lembrar
quando o assunto é esporte e população afrobrasileira é a divisão corpo e
mente. A cultura escravista deixou como marca a distinção entre atividades
intelectuais e braçais, de acordo como que a sociedade é dividida. A população
afro-brasileira quase sempre está associada aos esportes ou profissões
distintas das ocupações intelectuais. Esta representação enfatiza o corpo em
detrimento do intelecto, o que pode levar à naturalização das desigualdades
sociais (p. 81).
Por: Jakellinny Gonçalves de Souza Rizzo2
Leandro de Souza Silva3 Maurício José dos Santos Silva4 Deyvid Tenner de Souza
Rizzo5
REFERÊNCIAS:
XIII Semana Acadêmica de
Educação Física - IX Encontro Técnico-Científico
REVISTA
MAGSUL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA FRONTEIRA
n.
1, v. 2 (2017) - ISSN: 2526-4788
OBS.: Exemplo “A
CAPOEIRA”, Educação Física, Exporte Social:
que comentarei em outra
postagem
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