Saudade de pessoas "Especiais"...
Sobre o vídeo e texto de Izabel Maior: Este semestre me fez recordar de momentos mágicos, que vivi e carrego na minha bagagem de praticas em sala de aula, que estão sempre muito presentes.
As pessoas com deficiência tem atualmente, a
garantia de acesso a todos as suas necessidades para o convívio na sociedade,
graças a aplicação do programa dos direitos humanos. Antigamente aplicava-se a
estas pessoas o assistencialismo, e elas viviam reclusas e afastadas da
sociedade.
A
população mundial de deficientes é substancial, desta forma é necessário que
estas pessoas tenham seus direitos e necessidades asseguradas nas politicas públicas.
Em
meu estágio no magistério, trabalhei com alunos do 2º ano do ensino fundamento, tive o
prazer de conviver na minha sala de aula, com quatro alunos, três com deficiência
intelectual e um com suspeitas de autismo (sem laudo), todos tinham
acompanhamento médico e atendimento especial na sala de recursos, como não
tinha experiência sobre como ajudá-los,
criei um esquema na sala, fazendo um rodizio entre os alunos de forma espontânea que ajudar os colegas com
dificuldade, logo percebi que se aproximavam dos três sem nenhum problema, mas
aquele que apresentava sintomas de "autismo", todos se recusavam e
diziam sentir medo do colega.
Notei
seu comportamento desde o meu primeiro dia, pela distância que mantinha dos colegas, parecia sempre
sempre distraído envolvido com seus pertences ou muitas vezes dormindo, mas se
acontecia qualquer coisa na turma, tipo algum desentendimento, ele logo
apontava quem estava atrapalhando os colegas, mesmo que o colega negasse, ele
insistia em acusá-lo. Mas uma coisa que não deixava de participar todos os dias
no inicio da aula, era de apontar em seu caderno a rotina do dia, e de me
corrigir quando eu colocava os tópicos trocados, ele me fazia trocar, mostrando
seu caderno dizendo que a ordem estava errada, achava aquilo muito estranho,
por que como ele poderia me corrigir se não sabia ler. Pois ele escrevia bem
direitinho, e se eu perguntava, então me diga o que está errado e ele dizia,
com tom de voz muito baixa, e lia o tópico todo. Eu comentava com a professora
titular, ela dizia que não podia ser, por que ele não sabia ler. Figuei intrigada com
aquilo, tipo uma provocação aguçando meu interesse por aquele aluno a cada dia.
Porém,
pelo fato de dar lhe atenção, criamos um laço de afetividade muito grande, ele
ficava na minha volta durante toda aula, gostava de me dar a mão, e durante o
recreio, ficava me procurando e quando não me encontrava ficava triste. Marlon, era o seu nome, espero que esteja bem, e melhor assistido!
Referências:
Deficiências e Diferenças com Izabel Maior e Benilton Bezerra
https://www.youtube.com/watch?v=29JooQEOCvA
História, conceito e tipos de deficiência
Izabel Maior
Nenhum comentário:
Postar um comentário