Minutos antes de sair da FACED, começou a se armar um temporal, passando pelo Museu da UFRGS, eu resolvi entrar e ver o que ali passava enquanto chovia muito lá fora. E para minha surpresa encontrei lá uma bela Exposição sobre fatos ocorridos no período da II Guerra Mundial com os nazistas:
Uma historia de esperança, amizade, sobrevivência e arte em tempos de guerra.
Fiquei encantada pelo presenciei naquele momento em que ali estive sem hesitar aproveitei é claro para tirar algumas fotos, para guardar de recordação, pois ali estavam expostos os desenhos, as obras de artes que aquelas meninas praticavam durante todo aquele sofrimento que muitos de seus familiares passavam. São de fato um encanto, muito colorido, muitas flores, fiquei por ali alguns minutos apreciando aquelas obras e imaginando como elas viveram lá, pois tinha uma musica tocando o tempo todo, é que no segundo piso tem um espaço com algumas atividades e um filme passando na televisão contando suas histórias, é claro que fiz um desenho bem colorido e escrevi uma mensagem para seguir nas próximas exposições.
Contarei aqui um pouco do que vi e fotografei. Acredito que na união daquelas meninas a forma de superar a dor era de muita alegria, me emocionei quando vi a mala dependurada com os desenhos, mala essa que a professora guardou com todos os desenhos feitos pelas meninas enquanto se mantinham enclausuras, que foram revelados pela professora após 30 anos passados da II Guerra Mundial.
A guerra
A invasão alemã à Tchecoslováquia em 1939 lançou uma sombra na historia dos judeus que viviam no país. Uma verdadeira perseguição teve inicio, com o envio de muitos judeus para guetos e campos de concentração.
O gueto,
Antiga fortaleza a 60 km de Praga foi um gueto serviu de prisão para artistas, cientistas, músicos, intelectuais, entre outros judeus, esses artistas usaram seus conhecimentos para trazer às crianças prisioneiras momentos de esperança e alívio, tentando evitar que sua vida fosse completamente devastada pela guerra.
As Meninas
Esta exposição relembra um grupo de meninas judias, de 12 a 14 anos, que viveu nesse gueto, no alojamento do quarto 28. As meninas estavam empenhadas em se aperfeiçoar, ler, ajudar os idosos e sabe mais, graças ao grupo secreto que criaram o Ma’agal.
Erika Stránská nasceu em Praga, tinha apenas nove anos de idade, com a chegada dos nazistas, em 1939, a mãe foi para a Inglaterra e a filha ficou aos cuidados da sua avó paterna, que juntas foram deportadas para Theresienstadt, Érika se tornou mais uma moradora do quarto 28.
Helga Pollak nascida em 1930 e viu sua vida mudar da janela de sua casa, quando as tropas alemãs invadiram Viena. Os judeus eram perseguidos e as crianças foram proibidas de ir para a escola. Em janeiro de 1943, Helga e seu pai foram deportados para Theresienstadt. Assim como essas duas meninas, outras foram tiradas de suas famílias e suas vidas se encontraram no quarto 28.
Proibição de estudar
Os nazistas proibiram as crianças de estudar, só permitiram aulas de pintura, desenho e música, às escondias, tinham aulas de matemática, historia e geografia. Graças aos músicos presos, havia muita música no gueto. A ópera infantil Brundibár foi encenada pelas crianças mais de 50 vezes.
A professora de desenho
Em 1942, Friedl Dicker-Branseis foi enviada para o gueto. Ela chegou com materiais de artes e deu aulas de desenho para as meninas do quarto 28.
As cuidadoras
No gueto, as crianças tinham a seu lado cuidadoras. Tella Pollak, Eva Weiss e Eva Eckstein eram responsáveis pelo quarto 28 e trasmitiram conceitos de humanidade, amizade e solidariedade às meninas.
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