quarta-feira, 2 de maio de 2018

"Escolas Democráticas"




Na aula presencial/inaugural do SI - VII Semestre do Pead/2018. Fomos convidados a assistir e elaborar uma reflexão sobre o curta: “Escolas democráticas".  "Que escola temos"?
Refletindo sobre o curta das, percebi que, as escolas em que ali foram apresentadas, não eram nada democráticas. E sim, escolas: gaiolas, retratando tendências tradicional, com metodologia antiga, alunos enfileirados, professor com atitude engessada, falta de didática e assim por diante.
O curta me provocou muitos questionamentos, para esse tipo de educação tradicional, comparada aos  dias atuais. 
Sei que a educação brasileira já passou por muitos momentos bons, ruins, com fracassos, vitorias. Mas, muitas descobertas já se deram no cenário da nossa educação. Muitos, educadores, pais, familiares e a sociedade já pensaram e ainda pensam para uma melhor educação. 

O termo pedagogia ocorreu do estudo das concepções antigas da educação. Essa teoria ou concepção pedagógica formou-se a partir dos pontos recorrentes nas práticas de ensino ao longo da história da educação.

Segundo, o filósofo e pedagogo, brasileiro DERMEVAL, 2014;  a introdução da denominação “Concepção Pedagógica Tradicional ou Pedagogia Tradicional foi introduzida no final do século XIX com o advento do movimento renovador que, para marcar a novidade das propostas que começaram a ser veiculadas, classificaram como ‘tradicional’ a concepção até então dominante”. (DERMEVAL, Saviani, 2014).
A visão da concepção pedagógica é a busca pela essência do homem e para realizar as suas inferências coloca o professor como o centro de todo o processo educativo, mantendo a visão no desenvolvimento do intelecto, na imposição da disciplina como parte fundamental para o sucesso educacional, na memorização dos conteúdos como forma de apropriação dos conhecimentos tidos como essenciais. (DEMERVAL,Saviani, 2014).

Lembro-me de alguns trechos lido no texto de BECKER, 1994, sobre a pedagogia diretiva e seu pressuposto epistemológico “Empirismo” – A pressão do meio social sobre o sujeito determina nele, mecanicamente as estruturas do conhecer. – O que ocorre na sala de aula: O professor – quem manda; - Alunos entrando em sala de aula, que sentem e fiquem quietos; - Carteiras enfileiradas, com espaçamento entre elas; - Professor aguardará (ou exigirá) silêncio. Feito silêncio, o professor inicia a aula. Por que isso acontece assim? Porque o professor pensa que (aprendeu) que é assim que ensina. A ação legitimada por uma epistemologia em que o sujeito é determinado pelo mundo do objeto ou pelos meios físicos e social. Só o professor pode “produzir” algum novo conhecimento no aluno.
Mas, qual será o fruto dessa escola? 
Será, Reprodução pura e simples do passado; Renúncia ao direito de pensar; Desistência de cidadania; Desistência do direito ao exercício da política. (BECKER, Fernando, 1994)

O papel da escola é o de promover uma formação meramente moral e intelectual, lapidando o aluno para a convivência social. Os conteúdos de ensino são passados como verdades absolutas, sem chance de questionamentos ou levantamentos de dúvidas em relação a sua veracidade. Nessa concepção não está presente a consideração sobre os conhecimentos do aluno, apenas o que está no currículo é transmitido, sem interferências. 
A relação professor-aluno é marcada pelo autoritarismo. Somente o professor possui conhecimento para ensinar, o papel do aluno é o de receber o conhecimento transmitido pelo professor. O silêncio em sala de aula é imposto pela autoridade docente.
No caso da relação professor-aluno, ainda prevalece, na maioria das escolas, o predomínio da autoridade do professor, bem como a imposição do silêncio. A avaliação está totalmente ligada à concepção tradicional, dando-se por meio de tarefas para casa e, quase que exclusivamente, pela prova escrita.
Na escola democrática todos têm direitos de decisão sobre o seu destino. O compartilhamento das responsabilidades e as decisões que podem alterar a posição de cada um no coletivo são seguidos em conjunto, incluindo gestores, educadores, funcionários, estudantes e pais. Cada um é, nesse sentido, responsável por si, mas também pelos demais. 


REFERÊNCIAS

BECKER, Fernando, 1994 Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/260250772/BECKER-Fernando-Modelos-pedagogicos-e-modelos-epistemologicos-2-pdf

DERMEVAL, Saviani, 2014. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dermeval_Saviani. Acessado em: 22 de fevereiro de 2014. 

Bem vindo “Eixo VII”



Iniciamos o semestre com aula presencial do Seminário Integrador, onde fomos convidadas a assistir o curta sobre: Escolas Democráticas em grupo fomos desafiadas  a fazer reflexões e produzir uma síntese
Este vídeo nos trouxe muitas discussões e debate sobre as ideias surgidas em cada grupo, foi uma aula de estudos muito produtiva, pois através das discussões, identificamos relações com os estudos apresentados pelas interdisciplinas do semestre anterior. Ficamos todos muito entusiasmados, pois ficou intensa a assimilação das palavras chaves que precisávamos para a  identificação dos tipos de escolas que ali se apresentavam. Cada grupo apresentou sua síntese, logo após o grupo grande interagiu em conjunto com as professoras formando assim um quadro de conceitos para servir de apoio para a construção de novas atividades.
Algumas palavras chaves para nossa discussão desta atividade: “Que escolas que temos”?

Referencias

Vídeo: Escolas Democráticas https://www.youtube.com/watch?v=Rumvh3QnL38

"Satisfação"!!!





É com muita satisfação e orgulho que concluo mais uma etapa daquilo que tem maior importância na minha vida nos dias atuais. “Meus estudos”, retornar aos estudos depois de muito tempo fora da sala de aula não é fácil, estudar a distância então, exige muita disciplina, dedicação e comprometimento. Esta oportunidade é minha e não abro mão dela por nada. Ela chegou à minha vida quando eu jamais pensei que seria possível, realizar um curso de graduação estava muito longe da minha alçada.
Ontem dia 1º de maio, dia do trabalhador, mesmo com a internet oscilando muitas vezes durante o dia, tive a permissão de me dedicar exclusivamente as minhas pendencias e “concluir este semestre VI”, que foi muito importante e marcante na minha vida. Foi demorado, foi, mas graças a Deus concluí!
Não tenho palavras para descrever tamanha felicidade que estou sentindo, ontem ou hoje sei lá, mas já se aproximava das 4hs da manhã, quando concluí minhas pendências e as postagens do “Blog” do SI-Eixo VI. Muito Obrigado!!!

Bora lá!!!

Seguindo em frente, sem parar, pois o Eixo VII, já está acontecendo,  cheiinho de coisas boas e preciso estar, em dia e principalmente manter meu Blog atualizado.

“Muito obrigado Eixo VI”!!!

“Bem vindo Eixo VII”!!!

terça-feira, 1 de maio de 2018

"Dialogicidade"



            Estudos revelam que o diálogo é um elemento relevante e emancipatório que interfere na formação dos sujeitos e na construção de saberes de forma significativa.
Em “A Sombra desta Mangueira”, Paulo Freire, 2000, defende a ideia de que o ser humano precisa falar, ser ouvido e respeitado. É no diálogo que acontecem as descobertas e os saberes. Para ele a comunicação é o fator mais importante na vida do ser humano, e que só acontece se for dialogada, pois através do diálogo, entre o aprendente e o aprendizado que as relações se constituem no indivíduo. Paulo Freire, entende que e a educação é um ato em que ao mesmo tempo é do educador e é do educando, e é nessa relação que pode se estabelecer uma educação libertadora, uma educação problematizadora e humanizada. É nessa relação que é dialética, que o professor na hora que ensina, ele está aprendendo outra vez e o aluno na hora que aprende através das perguntas ele está ensinando ao professor aquilo que ele já sabia, ou que precisa saber mais e até não sabia.
Paulo Freire, entende que aprender é uma descoberta criadora, onde ensinando se aprende e aprendendo se ensina. A educação como prática libertadora, faz com que as pessoas desenvolvam a capacidade de pensar e interagir. Contrapondo-se à educação bancária, que reflete a realidade opressora na medida em que apenas o educador é sujeito, os conteúdos são desconectados da realidade, simplesmente repetidos de maneira mecanicista, evitando o pensar. A educação deve ser feita através da realidade vivida pelo aprendiz, respeitando o repertório do aluno é que se pode chegar a uma visão de mundo critica e transformadora da realidade. Pois o conhecimento todo indivíduo tem e traz consigo através das suas experiências de vida, do trabalho ou do meio onde vive. (Freire, 2000).
Paulo Freire, concebe o homem como um ser de busca, inacabado, ser de relações, um sujeito e não um objeto. Para ele o homem, deve buscar sempre o conhecimento de tudo, que precisa viver e aprender para se completar.
O diálogo entre o professor e o aluno, deve ser uma troca e não um monólogo onde o professor fala e o aluno escuta, o professor precisa estar aberto para entender as pretensões, as dificuldades do aluno para  que haja o reconhecimento das ações.
Ensinar exige curiosidade, o professor deve estimular a curiosidade do estudante, num processo prazeroso mantendo aberto o exercício do raciocínio na busca de construção e reconstrução de novos conhecimentos.
A curiosidade, convida o aluno a imaginação, a intuição as emoções, a capacidade de observar detalhes e expectativas nas relações dos conhecimentos. (Freire, 2000)

“Os regimes  autoritários são inimigos da curiosidade, punem os cidadãos por ela. O poder autoritário é bisbilhoteiro e não curioso, indagador. Já a dialogicidade é cheia de curiosidade, de inquietação. De respeito mútuo entre os sujeitos que dialogam. A dialogicidade supõe maturidade, aventura do espirito, segurança ao perguntar, seriedade na resposta” (em A sombra desta mangueira, Paulo Freire, 2000, pag. 80).

 








Referência

FREIRE, Paulo, São Paulo, 2000. Ed. Olho D’agua. Livro: A Sombra Desta Mangueira.

Multiculturalismo




De acordo com o texto de Vera Candau, a questão multicultural apresenta um destaque e um debate muito grande nos últimos tempos, no mundo em geral.
No continente latino americano, a questão étnica está muito presente devido à diversidade de raças, os grupos indígenas e afrodescendentes sofreram e ainda sofrem discriminação racial descaradamente. No âmbito nacional houve a proposta da reclusão do tema pluralidade cultural no currículo escolar.
A redução do preconceito é uma das características da educação multicultural, desenvolvendo sentimentos, atitudes e relacionamentos positivo com outros grupos sociais.
Na pedagogia da equidade, uma das estratégias dos professores é de implantar o ensino multicultural e promover o ensino cooperativo.
O pré-vestibular para negros e carentes constitui-se uma experiência educacional que busca inserir na universidade, alunos(as) que por conta própria dificilmente teriam acesso, devido a restrições impostas ao qual vem  sofrendo nas suas histórias individuais e sociais.
Algumas medidas de caráter positivo que possam minimizar as desigualdades, é a busca por isenção das taxas para inscrição no vestibular e para concessão de bolsas de estudo para alunos carentes.
A intenção atual é a busca pela integração dos diferentes grupos sociais e culturais, visando à construção de um projeto comum onde às diferenças sejam dialeticamente integradas.
Assistindo o vídeo de Vera Candau, sobre o cotidiano escolar, ela comenta, que é bastante complicado transformar as diferenças em vantagens pedagógicas. O espaço escolar se entende em promover a igualdade e as diferenças, porém a diversidade é vista padronização e a igualdade como homogeneização, ou seja, o “igual” é padronizado e as diferente é problema.
O preconceito e a discriminação estão permeando no cotidiano escolar, é visivelmente às atitudes preconceituosas que inferiorizam deixando de lado algumas crianças da escola.
Vivemos em um país de diferentes culturas. Como educadores precisamos estar cientes e reconhecer, e valorizar o respeito pelas diferenças dos nossos alunos, pois o multiculturalismo não está relacionado  apenas na questão racial, mas também envolve outras questões de gênero, de classe, orientação sexual entre outras.

Referências

CANDAU, Vera Maria Ferreira, Sociedade, cotidiano escolar e Cultura(s): Uma aproximação. texto: http://www.moodle.ufrgs.com.br
Francisca Jéssica Santos Ferreira, disponível em: http://www.brasilescola.com